Tendinopatia do supraespinhal: o que é?

Tendinopatia do supraespinhal é uma condição caracterizada por dor e inflamação no tendão que liga o músculo supraespinhal ao osso do ombro. Saiba mais!

A tendinopatia do supraespinhal é uma questão que vem se tornando cada vez mais comum, fazendo com que muitas pessoas começassem a querer entender melhor sobre esse assunto.

A supraespinhal é um dos músculos que ficam na parte superior do ombro e da escápula. Mas, quando ocorre a lesão neste local, dá-se o nome de “tendinopatia supraespinhal”.

Utiliza-se o termo “tendinopatia” para fazer alusão às lesões nos tendões. Então, nesse caso, refere-se a compressão ou impacto do tendão do músculo.

Então, acaba se tornando uma fonte comum de dor no ombro, a qual costuma afetar o corpo como um todo.

Nesses casos, a melhor coisa a se fazer é buscar um médico ortopedista expert em ombro e cotovelo, como o Dr. Thiago Caixeta, para realizar uma avaliação e indicar a melhor forma de tratamento.

O que é tendinopatia do supraespinhal?

O que é tendinopatia do supraespinhal

A tendinopatia do supraespinhal nada mais é que um tipo de lesão que ocorre em um dos tendões do manguito rotador.

Esse problema está relacionado à inflamação no tendão que, na grande maioria das vezes, quando isso acontece, há lesão na junta do músculo e do osso.

Fora isso, é interessante saber que a tendinopatia pode ser crônica, isto é, quando não se é possível identificar qual é a origem do problema.

Nesse caso, os sintomas tendem a aparecer de maneira gradual. Em contrapartida, há casos em que a tendinopatia é aguda.

Ou seja, é quando se torna possível identificar qual é a origem da lesão, haja vista que ela aconteceu por conta de um fator mais específico.

Também é interessante saber que muitos médicos se referem a esse problema pelo nome “síndrome do impacto”, mas que se refere a mesma coisa.

O que é e qual a função do supraespinhal?

O que é e qual a função do supraespinhal

O tendão do músculo supraespinhal se caracteriza por ser um músculo do ombro que se insere nos 3/4 internos da fossa supraespinhosa.

Além disso, é um dos músculos que formam o manguito rotador, que fica ao lado dos seguintes outros tendões:

É interessante que você saiba que esse tendão leva esse nome devido ao fato de se originar justamente na fossa supraespinal escapular.

Assim como qualquer outro músculo, ele trabalha em junção com os tendões e ligamentos. Ademais, essa é a principal parte que mais sofre lesões.

Os tendões são estruturas bem complexas, as quais são constituídas de colágeno e, em relação ao músculo supraespinhal, ele se liga à cabeça do úmero, que é o maior osso do membro superior.

Esse tendão, como tem o papel de ligar músculo e osso, acaba por permitir o bom funcionamento do ombro.

Ou seja, durante os movimentos, ele trabalha para permitir que isso ocorra, além de oferecer estabilidade para a região.

O ombro é uma das articulações mais móveis de todo o corpo humano, fazendo com que ele tenha uma importância essencial ao falar de mobilidade da região superior.

Mas, por consequência, ele também acaba sendo bem instável, fazendo com que ele se torne suscetível a uma série de lesões, como é o caso da tendinopatia do supraespinhal

Quais são as causas da tendinopatia do supraespinhal?

Quais são as causas da tendinopatia do supraespinhal

São vários os motivos que podem incidir na tendinite do supraespinhal, os quais podem ser tanto intrínsecos quanto extrínsecos.

No primeiro caso, quer dizer que há relação com uma hipótese mecânica. Ou seja, tem algo a ver com a prática constante de algum esforço repetitivo, que envolve atrito e compressão.

Em relação aos fatores intrínsecos, ou “hipótese vascular”, ela se refere à existência de algum tipo de deficiência na distribuição sanguínea ao tendão, por exemplo.

Nesse caso, acaba por fazer com que a região se torne mais fraca, o que a deixa mais suscetível a rompimentos.

Dito isso, as principais causas para a tendinopatia, são os seguintes:

Quedas e acidentes

É bastante comum de acontecer esse problema em pessoas que são mais idosas, já que tem o equilíbrio um pouco mais afetado.

Então, ao fazer alguma atividade doméstica diária simples, pode acabar tendo alguma queda, resultando no problema de tendinopatia.

Idade avançada

Caso o paciente tenha idade avançada, ele tem maior suscetibilidade a ter desgaste nessa região, já que é um processo normal, que todos passam.

À medida que o tempo passa, é comum perder massa muscular, água e colágeno, fazendo com que o corpo se torne mais frágil.

Artrite reumatoide

Trata-se de uma doença inflamatória que pode afetar diretamente o ombro, em especial o tendão supraespinhal.

Obesidade

Se você está acima do peso, saiba que poderá sofrer desse tipo de problema, haja vista que o excesso de peso sobrecarrega o ombro.

Movimentos repetitivos

Com certeza os movimentos repetitivos são uma das causas mais comuns que culminam na tendinopatia do supraespinhal.

Então, nos esportes que se utilizam muito dos membros superiores, como vôlei, natação, tênis etc., acaba que esses atletas estão mais suscetíveis.

Prática errada de exercícios

A prática de exercícios sem o auxílio de um profissional pode fazer com que a pessoa tenha uma postura incorreta. Por consequência, isso pode acabar favorecendo uma lesão na região.

Esporão ósseo

Nada mais é do que um problema que ocasiona na saliência na extremidade do acrômio, o que pode ocasionar em atrito com o tendão, favorecendo o problema.

Fatores antecedentes

O fato de você já ter tido a tendinopatia do supraespinhal pode fazer com que o paciente já tenha maior suscetibilidade a ter uma recidiva.

De forma resumida, o fato de levantar o braço, de forma constante e por longos períodos, acaba por contribuir para o surgimento desta síndrome, em especial se o local já tiver maior propensão a esse desgaste.

Além disso, outros fatores como artrose da articulação também podem fazer com que haja a redução do espaço subacromial.

Tipos de lesões supraespinhal

Outra coisa que você precisa saber sobre a tendinopatia é o fato de que há diferente tipos de lesões:

  • Lesão parcial;
  • Lesão completa.

Lesão parcial

Assim como o nome já deu a entender, a lesão parcial nada mais é do que um tipo de lesão em que apenas uma de suas fibras estão afetadas.

Ou seja, o músculo não se rompe por inteiro. Entretanto, essas lesões podem variar em relação a sua extensão, mas costumam ser menos graves.

Lesão completa

Em contrapartida, ainda existe a lesão completa da supraespinhal, que nada mais é do que quando as fibras do tendão se rompem por inteiro.

De forma geral, esse é um problema que costuma ser um pouco mais intenso e mais debilitante do que a anterior.

Em vista disso, muitos pacientes procuram controlar a dor o quanto antes. Porém, é vital tratar o quanto antes esse problema.

Dizemos isso porque, quanto maior é a demora, o problema pode progredir para a atrofia muscular, podendo provocar a perda de mobilidade do ombro.

Quais são os principais sintomas de uma lesão do supraespinhal?

Quais são os principais sintomas de uma lesão do supraespinhal

A verdade é que os sintomas dessa lesão podem variar de acordo com a gravidade de cada problema, em especial se é uma parcial ou completa.

Entretanto, em relação aos principais sintomas associados a esse tipo de lesão, podemos citar as seguintes:

  • Dor no ombro, mais especificamente na região superior e posterior do ombro;
  • Dor no ombro que irradia para o braço e pescoço;
  • Dor intensa ao fazer algum movimento com o ombro;
  • Dor intensa ao dormir em cima do lado afetado;
  • Dificuldade em fazer força em toda a região do ombro que está afetada;
  • Dificuldade em fazer movimentos simples, como colocar os braços para trás das costas, pentear o cabelo etc.

Quais são os exames para diagnóstico de dores no supraespinhal

Quais são os exames para diagnóstico de dores no supraespinhal

Há alguns exames que podem ajudar não só a diagnosticar a tendinopatia, como também melhor entender a gravidade da situação.

O diagnóstico envolve a avaliação do histórico do paciente e alguns exames clínicos, em especial os de imagem, bem como:

  • Ressonância magnética;
  • Ultrassonografia;
  • Raio-x;
  • Tomografia computadorizada.

É necessário que o paciente passe por alguns outros testes para ajudar ainda mais na investigação do problema. São eles:

Teste para tendinite do supraespinhal

Esse é o primeiro teste básico, cujo intuito é o de identificar um possível caso de tendinite do supraespinhal.

Em suma, o teste consiste na avaliação clínica feita com o paciente sentado. Para tal, o médico pede para que o paciente abra o braço lateralmente, atingindo cerca de 90 graus.

Isso deve causar dor, uma vez que o músculo supraespinhal vai ser tensionado.

Teste de Hawkins-Kennedy

Nesse teste, o paciente precisa ficar de pé, onde o médico vai solicitar para que o paciente flexione o ombro para frente, cerca de 90 graus.

Em seguida, ele deve fazer uma rotação com o ombro, o qual vai fazer com que o tendão seja empurrado contra o ligamento do acrômio.

Sendo assim, se porventura o paciente sentir, as chances de se tratar de tendinopatia do supraespinhal são grandes.

Teste de Neer

Esse teste também deve ser feito em pé, onde o paciente precisa estender o braço e o próprio médico deve rotacionar o braço no sentido interno.

Esse movimento deve provocar um certo choque do tendão contra o acrômio. Então, caso o paciente alegue sentir dor, sinal de que ele tem tendinopatia.

Teste de Apley

Por último, o teste de Apley deve ser feito com o paciente sentado. O médico irá pedir para que ele posicione a mão, do mesmo lado afetado, atrás da cabeça, encostando na parte superior da escápula.

Em seguida, o médico deve pedir para que a mesma mão atinja a parte inferior da escápula. Caso o paciente sinta dor, há grandes chances de ser tendinopatia.

Como é o tratamento para tendinopatia do supraespinhal?

Como é o tratamento para tendinopatia do supraespinhal

Assim que o médico faz o diagnóstico, ele deve averiguar qual é a melhor forma de promover o reparo do tendão.

Nesse caso, há diversos caminhos a se seguir e, dentre eles, podemos citar os seguintes:

Tratamento conservador

Esse tipo de tratamento não requer cirurgia, sendo mais adequado para quadros leves ou que ainda estão no início.

Nesse caso, deve-se fazer uso de alguns medicamentos, como analgésicos e anti-inflamatórios, além de repouso.

Terapias alternativas

As terapias alternativas também são boas formas de amenizar a dor que o paciente sente. Nesse caso, inclui acupuntura, agulhamento seco, massagens e terapias por ondas de choques.

Esses tratamentos ajudam no relaxamento muscular, o que oferece a diminuição da dor miofascial, a qual pode estar associada à lesão.

No caso da terapia por ondas de choques, elas servem em casos refratários, haja vista que oferecem uma boa resposta da dor e amplitude de movimento.

Fisioterapia

A fisioterapia é um tratamento que deve estar associado em todos os casos, haja vista que tem por objetivo fornecer alívio de dor e, ao mesmo tempo, reestabelece a função normal do complexo articular do ombro.

Ademais, como ajuda a fortalecer o músculo supraespinhal e demais músculos do manguito rotador, o local fica mais resistente. Ou seja, sofre com menos sobrecarga no tendão.

Cirurgia

O procedimento cirúrgico ocorre apenas nos casos em que os demais tratamentos não oferecem efeitos significativos após os 6 meses ou quando a lesão completa do tendão.

A cirurgia é feita por artroscopia, uma intervenção minimamente invasiva, a qual consiste na inserção de duas estruturas na articulação do ombro, as quais são equipadas com câmeras.

Dessa forma, é possível reparar o tendão e reorganizar o posicionamento do acrômio, o que acaba por evitar atritos do tendão.

Tendinopatia do supraespinhal tem cura?

Tendinopatia do supraespinhal tem cura

A tendinopatia do supraespinhal é uma condição que afeta muitas pessoas, especialmente aquelas que realizam movimentos repetitivos com os ombros ou têm histórico de lesões nessa região.

A questão que surge frequentemente é: “A tendinopatia do supraespinhal tem cura?” Vamos explorar essa questão em detalhe.

Primeiramente, é preciso entender o que é a tendinopatia do supraespinhal. Trata-se de uma inflamação ou degeneração do tendão do músculo supraespinhal, que está localizado na parte superior do ombro.

Essa condição pode causar dor, sensibilidade e limitação dos movimentos.

A boa notícia é que, em muitos casos, a tendinopatia do supraespinhal tem cura, ou pelo menos uma significativa melhoria dos sintomas.

O tratamento pode variar dependendo da gravidade e da causa subjacente da condição.

É crucial seguir as orientações médicas e aderir ao plano de tratamento para maximizar as chances de recuperação.

Além disso, é fundamental notar que mesmo que a tendinopatia do supraespinhal tenha cura em muitos casos, pode haver um período de reabilitação necessário para retornar à função total.

Quando questionamos se a tendinopatia do supraespinhal tem cura, a resposta é geralmente positiva.

Com a abordagem de tratamento correta e um compromisso com a reabilitação, muitos pacientes podem esperar uma recuperação completa ou, pelo menos, uma melhora significativa dos sintomas.

Se você suspeita que tem essa condição, é essencial procurar aconselhamento médico para obter um diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado.

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Dr. Thiago Caixeta

Dr. Thiago Barbosa Caixeta é médico Ortopedista subespecialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo. Possui experiência em cirurgia do ombro e no tratamento de problemas como bursite, tendinite, artrose, doenças musculoesqueléticas, dentre outras.