Cirurgia de clavícula é perigoso?

Você precisa passar por esse procedimento, mas quer saber se a cirurgia de clavícula é perigoso? Essa é uma dúvida comum, confira!

Muitos dos meus pacientes que irão se submeter a uma cirurgia de clavícula geralmente ficam muito preocupados quanto aos riscos.

Atuando há anos como cirurgião ortopedista de ombro, procuro esclarecer todos as possíveis complicações com meus pacientes, mas com as técnicas cada vez mais avançadas e profissionais mais qualificados, é possível minimizar eventuais riscos.

No entanto, se você quer saber se a cirurgia de clavícula é perigoso, é só continuar nesse artigo que iremos falar tudo a respeito!

O que é a clavícula?

A clavícula é um osso em formato de “S”, que fica na parte superior do nosso tórax, sendo uma estrutura responsável por fazer a ligação entre o tronco.

Sendo assim, ela fica ligada a um osso que se chama “esterno”, e os braços,conectando-se assim ao ombro.

Portanto, não é exagero afirmar que a clavícula é um dos elementos mais importantes que permitem a mobilidade dos ossos superiores.

Também é por conta dessa estrutura que há implicação de força. Por isso, caso haja alguma lesão, é normal querer saber se a cirurgia de clavícula é perigoso.

A cirurgia de clavícula é perigoso?

Isso vai depender do tipo de lesão que essa estrutura óssea sofreu. Mas, no geral, as fraturas nessa região são um tanto comuns, o que faz com que a intervenção seja segura.

E sem mencionar que as técnicas cirúrgicas estão cada vez mais desenvolvidas, garantindo que a cirurgia ofereça os menores riscos possíveis.

De acordo com especialistas, a fratura da clavícula representa de 3 a 5% de todas as fraturas que as pessoas adultas sofrem.

Mas, além dessa alta incidência em adultos, bebês e crianças sofrem com uma certa frequência dessa lesão.

Para entender se a cirurgia de clavícula é perigoso, deve-se saber também qual parte sofreu a lesão. A clavícula se divide em 3 porções, sendo elas:

  • Terço distal: é a mais próxima do ombro;
  • Terço médio: porção central da clavícula;
  • Terço proximal: é a porção mais próxima do tronco.

Cerca de 85% dos casos a fratura na clavícula acontece no terço médio, mas também pode ocorrer nas demais regiões.

Apenas por meio do diagnóstico do médico é que se torna possível averiguar qual é a posição exata em que o osso se quebrou.

A partir disso, o que vai definir o quão perigoso ou complexo é a cirurgia é se o osso se quebrou e se dividiu em duas porções ou em muitas partes.

Como ocorre a fratura da clavícula?

A causa mais comum para a fratura da clavícula é a queda sobre o ombro, mas há casos em que a lesão é devido a um impacto direto sob o osso.

Fora isso, a fratura também pode acontecer em razão do mal posicionamento do braço durante uma queda, como quando ele está estendido.

Também existem diversos outros casos em que a fratura ocorre, como em decorrência de algum acidente automotivo, quando há um impacto direto sob a clavícula.

Além de ser comum em atletas, os bebês podem ter essa fratura no momento do parto, a depender da sua posição.

Quais são os sintomas de fratura na clavícula?

O sintoma mais típico dessa lesão é a dor intensa que o paciente sente de forma imediata após a lesão. A região ainda pode apresentar inchaço (edema).

O paciente ainda pode ter significativa dor em repouso ou ao fazer algum movimento com os braços ou ter a sensação de crepitação ao fazer movimentos dos ombros e braços.

Há casos em que a vítima da fratura apresenta equimoses ou escoriações na região, além de uma deformação visível da clavícula.

No entanto, é bem difícil que o osso atravesse a pele, mas ocorre do deslocamento ser de tal forma que a pele pode se projetar e formar o que se chama de “tenda”.

Como é feito o diagnóstico de fratura na clavícula?

O médico faz o diagnóstico durante um exame físico ou análise do histórico médico, haja vista que essa é uma lesão bem visível.

Mas, como é preciso saber qual porção foi lesionada, tamanho e gravidade da lesão, a radiografia é o exame mais comum.

Por meio dela, torna-se possível saber se houve ou não alguma fragmentação do osso.

Como é o tratamento de fratura na clavícula?

Há dois tratamentos para esse problema: conservador e a intervenção cirúrgica.

A partir do diagnóstico da fratura, o médico determina o tipo de tratamento, que pode ser:

  • Fratura transversa: é o tipo de fratura mais simples e, no geral, o tratamento é o conservador;
  • Fratura cominutiva: é quando a clavícula se fragmenta e, por isso, o único tratamento é a cirurgia;
  • Fratura oblíqua: nada mais é quando o osso se parte em diferentes ângulos. Nesse caso, o médico pode optar por um dos dois tratamentos, a depender de cada caso.

Conclusão

Quando se trata de dizer se a cirurgia de clavícula é perigoso, a boa notícia é que a medicina evoluiu bastante e o cirurgião ortopedista de ombro cada vez mais qualificado, minimizando assim possíveis complicações.

Se você vai se submeter a uma cirurgia de clavícula em Goiânia, a recomendação é discutir com seu médico e entender os riscos e benefícios.

Mas se ainda tiver alguma dúvida, entre em contato conosco que terei o maior prazer em esclarecer qualquer questão relacionada ao procedimento.

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Dr. Thiago Caixeta

Dr. Thiago Barbosa Caixeta é médico Ortopedista subespecialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo. Possui experiência em cirurgia do ombro e no tratamento de problemas como bursite, tendinite, artrose, doenças musculoesqueléticas, dentre outras.