Capsulite adesiva é uma condição que causa dor e rigidez no ombro. Entenda seus sintomas, causas e tratamentos neste guia completo.
Alguns dos meus pacientes que sofrem de dor no ombro e perda de movimento recebem o diagnóstico de capsulite adesiva.
Essa condição, também conhecida como ombro congelado, é uma doença que afeta a cápsula articular do ombro, levando à inflamação, fibrose, espessamento e rigidez.
É fundamental buscar ajuda de um médico ortopedista com especialização em ombro e cotovelo para obter o diagnóstico correto, até para descartar outras condições médicas.
A boa notícia é que, com o tratamento adequado, é possível aliviar a dor e recuperar a movimentação do ombro.
No decorrer deste conteúdo, vamos abordar tudo o que você precisa saber sobre a capsulite adesiva, desde as causas até os tratamentos disponíveis.
Continue lendo para descobrir como lidar com essa condição e recuperar a qualidade de vida.
Definição de Capsulite Adesiva
Capsulite adesiva, também conhecida como ombro congelado, é uma condição que afeta a articulação do ombro.
Ela é caracterizada por dor intensa e rigidez na articulação, o que pode levar a uma limitação significativa da amplitude de movimento do braço.
É uma condição que ocorre quando a cápsula articular do ombro, que é o tecido que recobre a articulação, se inflama e enrijece, formando aderências e tecido fibroso na articulação.
A causa exata ainda é desconhecida, embora seja comumente associada a lesões no ombro, cirurgia, tendinite no ombro e outras condições médicas.
Causas e Fatores de Risco
A capsulite adesiva é uma condição em que a cápsula articular do ombro fica inflamada e rígida, dificultando os movimentos normais da articulação.
Embora a causa exata ainda seja desconhecida, alguns fatores de risco foram identificados.
Fatores de Risco
A idade é um fator de risco para a capsulite adesiva, com a maioria dos pacientes diagnosticados com a condição tendo mais de 40 anos. Além disso, mulheres são mais propensas a desenvolver a doença do que homens.
Trauma no ombro, como uma fratura, deslocamento ou lesão no manguito rotador, pode aumentar o risco de desenvolver a lesão.
Também pode ocorrer após cirurgias no ombro ou como resultado de uma imobilização prolongada do braço.
Algumas condições médicas também podem aumentar o risco de desenvolver a capsulite adesiva, como diabetes mellitus e doenças da tireoide.
Ainda não se sabe exatamente como essas condições afetam o desenvolvimento da doença, mas é importante estar ciente desses fatores de risco.
Causas
A causa exata da capsulite adesiva ainda é desconhecida, mas acredita-se que a inflamação da cápsula articular e do líquido sinovial que a envolve seja um fator importante.
Isso pode levar à formação de aderências e tecido fibroso na articulação, tornando-a rígida e dolorosa.
Além disso, é uma condição que pode ser classificada como primária ou secundária. A forma primária ocorre sem uma causa conhecida, enquanto a forma secundária pode ser desencadeada por trauma no ombro, cirurgia ou outra condição médica.
Sintomas e Estágios
A capsulite adesiva é uma condição que afeta a articulação do ombro, causando dor e rigidez.
Os sintomas geralmente se desenvolvem gradualmente e podem durar meses ou até anos. Confira os principais sintomas e estágios da capsulite adesiva:
Fase dolorosa ou inflamatória
A capsulite geralmente começa com uma dor no ombro que piora com o tempo. A dor pode ser sentida em todo o ombro e pode ser especialmente intensa à noite.
À medida que a dor piora, você pode notar uma perda gradual da capacidade de mover o ombro.
A dor geralmente dura algumas semanas e pode ser acompanhada de inchaço e vermelhidão.
Fase congelada ou adesiva
A fase congelada é caracterizada por uma perda significativa de movimento no ombro. Você pode perceber uma dificuldade em levantar o braço ou alcançar objetos acima da cabeça.
A amplitude de movimento ativa e passiva do ombro é limitada, especialmente em movimentos de abdução e rotação interna.
A dor pode diminuir durante esta fase, mas a rigidez e a perda de movimento persistem.
Fase de recuperação ou descongelamento
Na fase de recuperação, a dor começa a diminuir e a amplitude de movimento começa a melhorar.
A recuperação pode levar vários meses e pode ser acompanhada de fisioterapia para ajudar a restaurar a força e o movimento no ombro.
É preciso ressaltar que a capsulite adesiva pode afetar cada pessoa de maneira diferente e pode progredir em diferentes estágios.
Se você está experimentando dor no ombro, rigidez ou perda de movimento, é importante procurar atendimento médico para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito pelo ortopedista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exame físico do ombro.
Para excluir outras patologias dolorosas do ombro, o médico pode solicitar exames complementares, como radiografias, ultrassonografia, ressonância magnética (RM), artrografia e fluoroscopia.
A RM é o exame mais preciso para o diagnóstico da capsulite adesiva, pois permite avaliar a espessura da cápsula articular e a presença de aderências.
A artrografia pode ser realizada em casos de dúvida diagnóstica e tem alta sensibilidade e especificidade.
Já a ultrassonografia é um exame não invasivo e pode ser útil para avaliar a espessura da cápsula articular e a presença de aderências, principalmente em casos iniciais da doença.
É essencial mencionar que o diagnóstico da capsulite adesiva é clínico, ou seja, é baseado nos sintomas e no exame físico do paciente.
Por isso, é fundamental que você relate ao médico todos os sintomas que está sentindo e informe sobre o histórico de saúde.
Tratamento
O tratamento para a capsulite adesiva pode variar dependendo da fase da doença. Na fase inicial, que é inflamatória, os medicamentos mais comuns são analgésicos e anti-inflamatórios, como ácido acetilsalicílico ou ibuprofeno, além de compressas de gelo.
Esses tratamentos ajudam a aliviar a dor e a inflamação.
Na fase de congelamento, pode ser necessário o uso de medicamentos para facilitar o processo de reabilitação.
Nesse estágio, os analgésicos e anti-inflamatórios ainda são utilizados, mas, em alguns casos, pode ser necessário recorrer a corticosteroides, que são injetados diretamente na articulação do ombro.
A fisioterapia é uma parte importante do tratamento da capsulite adesiva. Os exercícios de fisioterapia ajudam a melhorar a mobilidade e a flexibilidade do ombro, além de reduzir a dor.
A manipulação também pode ser utilizada em alguns casos, especialmente na fase de descongelamento.
Em casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária. A manipulação sob anestesia ou a liberação capsular podem ser realizadas para ajudar a restaurar a mobilidade do ombro. A liberação capsular pode ser realizada de forma aberta ou por artroscopia.
Outros tratamentos que podem ser utilizados incluem a hidrodilatação, que consiste na injeção de líquido na articulação do ombro para ajudar a soltar a cápsula, e a acupuntura, que pode ajudar a reduzir a dor e a inflamação.
Conclusão
A capsulite adesiva é uma condição inflamatória que afeta a articulação do ombro, causando dor e rigidez.
Essa patologia é uma das mais controversas do ombro, desde sua denominação até as formas adequadas de tratamento, sendo imprescindível o acompanhamento ortopédico especializado.
O diagnóstico da capsulite adesiva é clínico, baseado na história e exame físico do paciente. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo da gravidade do caso.
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