PRP no ombro: quando fazer e como funciona

PRP no ombro é uma opção biológica para tratar a dor e recuperar a função em várias patologias, como casos de tendinite e bursite.

O procedimento começa com uma pequena coleta de sangue do próprio paciente, o qual é centrifugado para separar os componentes e concentrar as plaquetas.

Essas plaquetas liberam mediadores bioquímicos que atraem células de reparo e coordenam a cicatrização do tecido.

Quando a resposta a medicamentos e fisioterapia é limitada, o PRP no ombro pode ser considerado em ambiente ambulatorial. A meta é aliviar a dor e, em muitos casos, reduzir o tempo até a recuperação funcional.

O que é PRP no ombro

O PRP é obtido a partir de uma coleta venosa simples do próprio paciente.

Em seguida, o material é centrifugado para concentrar plaquetas. O concentrado reúne proteínas bioativas que modulam a inflamação, recrutam células de reparo e estimulam a síntese de colágeno.

No ombro, a infiltração guiada por imagem direciona o PRP ao tendão ou à bursa, elevando a chance de resposta clínica.

Quando fazer

O melhor momento é após um ciclo bem conduzido de tratamento conservador, geralmente 6 a 8 semanas, sem alívio adequado.

Sinais de que vale considerar PRP no ombro incluem dor que limita atividades diárias, sono ruim por dor noturna, exames com sinais de degeneração tendínea e o desejo de evitar procedimentos cirúrgicos.

    Indicações e contraindicações

    As indicações mais frequentes são:

    • Tendinite do supraespinhal.
    • Lesões por sobrecarga do bíceps.
    • Tendinopatia do infraespinhal.
    • Bursite subacromial.

    Entre as contraindicações. destacam-se:

    • Infecção ativa.
    • Plaquetopenia significativa.
    • Uso de anticoagulantes sem possibilidade de ajuste.
    • Câncer ativo.
    • Gestação.

    A decisão é individual e considera histórico clínico, exame físico e imagem.

    Como é a aplicação

    1. Coleta: 20 a 60 ml de sangue venoso do próprio paciente.
    2. Processamento: centrifugação para concentrar as plaquetas.
    3. Preparação do campo: assepsia e anestesia local.
    4. Infiltração guiada: aplicação do PRP no alvo (tendão ou bursa) com ultrassom.
    5. Pós-imediato: gelo intermitente nas primeiras 24 a 48 horas e repouso relativo.

    O procedimento dura cerca de 30 a 45 minutos e é ambulatorial. Em alguns protocolos, o PRP no ombro é realizado em 1 a 3 sessões, com intervalo de 4 a 6 semanas, de acordo com a resposta clínica e o tipo de lesão.

    Recuperação, prazos e o que esperar

    • Primeiras 48 a 72 horas: possível aumento transitório da dor, controle com gelo e analgésicos simples.
    • Semanas 1 a 3: redução gradual da dor e melhora da mobilidade.
    • Semanas 4 a 12: ganho de força e função com reabilitação guiada.
    • 3 a 6 meses: consolidação dos resultados e retorno pleno às atividades.

    Resultados variam conforme a idade, carga esportiva e grau de degeneração. Pacientes engajados em fisioterapia estruturada costumam apresentar evolução mais rápida.

    Fisioterapia e retorno às atividades

    A combinação de infiltração e reabilitação otimiza o desfecho.

    A fisioterapia inicia em 7 a 10 dias com mobilização suave, evolui para fortalecimento do manguito rotador e escápula, além de treino de postura e controle de carga.

    Para esportes de arremesso, o retorno é progressivo, com monitoramento de dor, amplitude e força.

    Quando pensar em cirurgia

    A infiltração de PRP no ombro tem foco biológico e tende a sustentar benefícios por mais tempo em tendinopatias crônicas.

    A cirurgia entra em cena quando há ruptura significativa do tendão, impacto estrutural importante ou falha de tratamentos bem executados.

    Segurança e efeitos adversos

    Por usar material autólogo, o risco de reação é baixo. Eventos possíveis incluem dor transitória no local da aplicação e raramente infecção.

    O preparo adequado, a técnica guiada e o seguimento reduzem essas chances.

    Caso você esteja considerando a aplicação de PRP no ombro e não entende muito bem se o seu quadro é elegível, agende uma consulta para poder avaliar com mais atenção sua condição.

    FAQs

    PRP no ombro dói na hora da aplicação?

    O local é anestesiado. Pode haver pressão e leve ardor, geralmente bem tolerados. Uma dor reativa nas primeiras 48 horas é esperada.

    Quantas sessões de PRP no ombro são necessárias?

    De 1 a 3 sessões, com intervalo de 4 a 6 semanas, conforme gravidade da lesão e resposta clínica.

    Quando posso voltar a treinar após PRP no ombro?

    Atividades leves retornam em 48 a 72 horas. Fortalecimento progressivo inicia na segunda semana. Esporte pleno costuma ocorrer entre 8 e 12 semanas, seguindo liberação profissional.

    PRP no ombro substitui cirurgia?

    Em tendinopatias sem ruptura extensa, muitas vezes sim. Em rupturas grandes ou falhas estruturais, a cirurgia pode ser necessária.

    Existem contraindicações para PRP no ombro?

    Sim. Infecção ativa, distúrbios de coagulação, uso de anticoagulantes sem ajuste, plaquetopenia, câncer ativo e gestação exigem avaliação cuidadosa.

    Quais cuidados devo seguir após PRP no ombro?

    Gelo intermitente no primeiro dia, evitar esforço por 48 a 72 horas, retomar fisioterapia na primeira semana, ajustar cargas com orientação clínica.

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