Medicina regenerativa no ombro: guia completo

A medicina regenerativa no ombro usa recursos do próprio corpo para modular a inflamação, estimular a cicatrização e recuperar a função.

O objetivo é aliviar dor, proteger os tendões e a cartilagem, acelerando o retorno às atividades, com mínima invasão e controle preciso por imagem.

Como a medicina regenerativa no ombro funciona

O tratamento combina avaliação clínica, exames de imagem e infiltrações guiadas.

O material pode vir do sangue, da medula ou de preparos com ação lubrificante. A aplicação é direcionada ao ponto-alvo para potencializar o efeito e reduzir o tempo de recuperação.

Principais recursos utilizados

  • PRP (plasma rico em plaquetas): concentra fatores de crescimento obtidos do sangue do paciente, indicado para tendinopatia e dor persistente.
  • Ácido hialurônico: melhora a lubrificação articular, reduz o atrito e rigidez em quadros degenerativos leves a moderados.
  • BMA (bioestimuladores de matriz autóloga a partir do aspirado de medula): leva sinais biológicos que favorecem a organização tecidual em lesões tendíneas e de cartilagem selecionadas.
  • Células mesenquimais: modulam a inflamação e liberam moléculas que orientam o reparo, indicadas em cenários específicos sob critérios claros e acompanhamento próximo.

Quem se beneficia do tratamento

  • Lesões parciais do manguito rotador com dor ao elevar o braço e perda de força.
  • Tendinite e tendinose do supraespinal associadas a sobrecarga no trabalho ou no esporte.
  • Tendinite calcária com dor noturna e limitação de mobilidade.
  • Bursite subacromial com dor em movimentos acima da cabeça.
  • Artrose glenoumeral leve a moderada com rigidez e crepitação.

Quando indicar medicina regenerativa para o ombro

A indicação ganha força quando a dor persiste mesmo com analgesia, fisioterapia bem conduzida e ajuste de carga.

Casos leves e moderados costumam evoluir melhor, principalmente quando não há instabilidade mecânica relevante.

Em atletas e trabalhadores manuais, a medicina regenerativa no ombro auxilia no controle de sintomas e na manutenção do desempenho, com planejamento individual do retorno às rotinas.

Passo a passo do protocolo guiado por imagem

  1. Avaliação: histórico, exame físico direcionado e imagem para mapear tendões, bursa e cartilagem.
  2. Planejamento: definição entre PRP, ácido hialurônico, BMA, células ou combinações, sempre com guia por imagem quando indicado.
  3. Procedimento: coleta do material autólogo quando necessário, preparo estéril e aplicação no ponto-alvo com ultrassom.
  4. Reabilitação: mobilidade, fortalecimento progressivo e educação de carga.
  5. Reavaliação: monitoramento de dor, função e retorno às atividades, com ajustes conforme resposta.

O que esperar de resultados e prazos

Com PRP e ácido hialurônico, o alívio costuma surgir entre 2 e 6 semanas, com melhora de função ao longo de 3 meses.

Já com BMA e estratégias celulares, a janela tende a ser mais longa, já que o foco é estimular a organização tecidual em áreas com menor vascularização.

Em cirurgias do manguito rotador, recursos biológicos podem integrar o cuidado em perfis específicos.

Para infiltrações isoladas, a meta é reduzir a dor, otimizar função e adiar procedimentos mais invasivos quando possível.

Segurança, efeitos e contraindicações

  • Efeitos esperados: dor leve no local, sensação de peso por 24 a 72 horas, pequeno edema.
  • Sinais de alerta: febre persistente, vermelhidão intensa, dor que piora dia após dia.
  • Contraindicações: infecção ativa, distúrbios graves de coagulação, uso recente de anti-inflamatório em protocolos de PRP, avaliação individual em gestantes.
  • Cuidados iniciais: gelo intermitente por 24 horas, evitar esforço máximo na primeira semana, retomada progressiva conforme orientação.

Reabilitação que potencializa resultados

A reabilitação é parte central da medicina regenerativa no ombro. Sem treino inteligente, o benefício cai. O plano precisa ser claro, objetivo e adaptado à rotina do paciente.

  • Mobilidade guiada: exercícios pendulares, alongamentos suaves e controle escapular.
  • Força: progressão para manguito, deltoide e estabilizadores da escápula, com atenção a extensores e flexores do punho quando há compensações.
  • Higiene de carga: fracionar treinos, pausar tarefas repetitivas e ajustar a ergonomia.
  • Rotina de manutenção: baixa carga e alta frequência, foco em qualidade do movimento.

Se a dor no ombro limita seu dia, agende uma consulta para poder avaliar seu caso com atenção e definir se a medicina regenerativa no ombro é indicada e qual protocolo traz mais benefício para sua condição.

FAQs

Quem pode fazer medicina regenerativa no ombro?

Pacientes com dor persistente após fisioterapia e ajuste de carga, principalmente em quadros leves e moderados de tendinopatia, bursite e artrose inicial. Instabilidade relevante e lesões completas extensas exigem outra estratégia.

PRP e ácido hialurônico são a mesma coisa?

Não. O PRP leva fatores de crescimento do sangue do paciente, voltado a tendões e tecidos moles. O ácido hialurônico age como lubrificante intra-articular, indicado para rigidez e dor mecânica em artrose leve a moderada.

Quanto tempo leva para sentir melhora?

Em geral, entre 2 e 6 semanas para PRP e ácido hialurônico. Para BMA e abordagens celulares, a resposta pode levar mais tempo, com ganhos ao longo de meses, sempre associada à reabilitação.

Posso treinar após a aplicação?

Atividades leves no dia a dia costumam ser liberadas. Treino de força e gestos esportivos retornam por etapas, conforme dor, amplitude e controle motor. Evite esforço máximo na primeira semana.

Quais são os riscos e quando procurar ajuda?

Reação local leve é comum. Procure assistência se houver febre persistente, vermelhidão intensa, calor local marcado ou dor que piora progressivamente.

Quantas sessões são necessárias?

Varia conforme diagnóstico e resposta. PRP pode exigir de uma a três aplicações. Ácido hialurônico costuma seguir séries definidas pela formulação. BMA e células são reservados para situações específicas.

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