A cirurgia de clavícula com placa corrige desvios, encurtamentos e instabilidades que impedem a consolidação adequada.
O objetivo é alinhar o osso, dar estabilidade imediata e acelerar a reabilitação com segurança.
Quando a cirurgia de clavícula com placa é indicada
A decisão leva em conta exame físico, radiografias e perfil do paciente.
A cirurgia de clavícula com placa ganha força quando o risco de falha de consolidação é maior ou quando há demanda para retorno rápido às atividades.
Confira as principais indicações:
- Desvio ou afastamento aproximado de 2 cm entre os fragmentos.
- Encurtamento relevante do comprimento da clavícula.
- Ausência de contato ósseo com instabilidade evidente.
- Fratura exposta ou ameaça à pele.
- Lesão associada de nervos ou vasos.
- Atletas e trabalhadores que precisam retomar função com rapidez.
Como é a cirurgia
O procedimento é feito em centro cirúrgico, com anestesia geral. A fratura é exposta por uma pequena incisão, os fragmentos são reposicionados de modo anatômico e fixados com placa e parafusos.
A cirurgia de clavícula com placa busca estabilidade rígida para permitir mobilidade precoce com segurança.
Veja o passo a passo:
- Planejamento com radiografias e, quando indicado, tomografia.
- Incisão sobre a clavícula e proteção de nervos e vasos.
- Redução precisa da fratura, retirando interposições de tecidos.
- Fixação com placa bloqueada ou convencional e parafusos.
- Checagem de alinhamento e comprimento da clavícula.
- Sutura por planos e curativo compressivo.
Materiais e tipos de placa
As placas podem ser de aço inoxidável ou titânio.
- Modelos pré-contornados acompanham a curvatura da clavícula e facilitam a redução.
- Placas bloqueadas oferecem estabilidade extra em osso osteopênico.
- Em fraturas da extremidade lateral, a escolha considera a integridade dos ligamentos coracoclaviculares.
Benefícios esperados
- Redução do risco de não união e consolidação viciosa.
- Alinhamento anatômico com restauração do comprimento.
- Retorno mais rápido às atividades com protocolo de mobilidade precoce.
- Dor controlada com analgesia e fisioterapia guiada.
Riscos e como reduzir complicações
Complicações são incomuns. Podem ocorrer parestesia ao redor da incisão, incômodo pelo implante, infecção, ou falha de fixação em traumas adicionais.
A seleção adequada do caso, técnica cuidadosa e seguimento próximo reduzem esses eventos.
Dicas de como evitar complicações:
- Cuidados com a ferida, manter curativo limpo e seco.
- Evitar carga e impactos no ombro até liberação médica.
- Fisioterapia progressiva com metas semanais realistas.
- Controle de fatores sistêmicos, como tabagismo e diabetes.
Pós-operatório: o que esperar semana a semana
O uso de tipóia costuma ficar entre 2 e 4 semanas, a depender do padrão de fratura.
- Semanas 0 a 2: controle da dor, crioterapia, pendulares, cotovelo e punho livres.
- Semanas 2 a 4: ganho de mobilidade ativa assistida até ângulos confortáveis.
- Semanas 4 a 8: progressão de amplitude, início de fortalecimento leve do ombro.
- Semanas 8 a 12: fortalecimento funcional e retorno gradual ao treino.
- Após 12 semanas: retorno esportivo específico quando sem dor e com força simétrica.
Retorno ao trabalho e ao esporte
Atividades de mesa podem ser retomadas logo após a retirada da tipóia, respeitando pausas, enquanto funções com carga no membro superior exigem liberação progressiva.
Atletas retornam entre 8 e 12 semanas, conforme exame clínico, controle da dor e provas funcionais.
Quando não operar
Fraturas sem desvio relevante e com bom contato ósseo costumam evoluir bem com imobilização, analgesia e fisioterapia.
O acompanhamento seriado confirma a consolidação e ajusta o plano de reabilitação.
Se você ficou com alguma dúvida como é a cirurgia de clavícula com placa, agende uma consulta para poder explicar todos os detalhes e as indicações.
FAQs
A placa precisa ser retirada depois?
Na maioria dos casos não há necessidade. Retirada pode ser considerada se houver incômodo persistente, infecção ou indicação específica do ortopedista.
Detectores de metal no aeroporto vão apitar?
Os implantes de clavícula são pequenos. A chance de ativar detectores é baixa. Caso ocorra, basta informar sobre a cirurgia.
Qual é o tempo médio de recuperação?
A consolidação costuma ocorrer entre 8 e 12 semanas, com retorno esportivo quando não houver dor, com mobilidade plena e força equilibrada.
Posso dirigir durante a recuperação?
Dirigir exige controle do veículo com segurança. A liberação costuma ocorrer após retirar a tipóia e recuperar movimentos funcionais sem dor.
A cirurgia de clavícula com placa dói muito?
A dor é controlada com analgesia e gelo nos primeiros dias. O desconforto diminui com o avanço da cicatrização e início da fisioterapia.
Placa bloqueada é melhor que placa comum?
Depende do padrão de fratura e da qualidade óssea. Placas bloqueadas favorecem estabilidade em osso frágil, mas a escolha é individualizada.
Quando posso voltar a treinar força?
Fortalecimento leve inicia por volta da quarta a sexta semana, com progressão guiada. Carga elevada só após liberação clínica.
Cirurgia de clavícula com placa deixa cicatriz grande?
A incisão é discreta e segue o eixo do osso. O resultado estético melhora com técnicas de sutura adequadas e cuidados com a pele.