Epicondilite Lateral

Saiba agora tudo sobre epicondilite lateral, conhecia popularmente como cotovelo de tenista, um dos problemas que mais afeta o cotovelo.

Como cirurgião especialista em ombro e cotovelo, tenho observado um aumento significativo nos casos de epicondilite lateral em minha prática clínica nos últimos anos.

Esta condição, popularmente conhecida como “cotovelo de tenista”, representa um desafio significativo não apenas para atletas, mas para uma ampla gama de profissionais e pessoas em suas atividades diárias.

Ao longo de minha experiência tratando essa patologia, tenho notado que existe ainda muita desinformação sobre suas causas e tratamentos. Diferente do que muitos pensam, apenas uma pequena parcela dos pacientes que atendo com epicondilite lateral são de fato tenistas.

Neste artigo, irei compartilharei informações baseadas não apenas em minha experiência clínica, mas também nas mais recentes evidências científicas sobre diagnóstico, tratamento e prevenção desta condição.

Abordaremos desde as principais causas até as mais modernas opções terapêuticas disponíveis.

Grupo de risco da epicondilite lateral

Apesar de ser conhecida como cotovelo de tenista, a epicondilite lateral afeta cerca de 5 a 10% dos praticantes dessa modalidade.

Além dos tenistas, essa condição também pode acometer jogadores de beisebol, nadadores, arremessadores, dentre outros atletas que utilizam raquete ou bastão, por exemplo.

Cozinheiros, carpinteiros, motoristas, digitadores, operários de linha de produção, dentre outros profissionais também podem ser afetados por essa enfermidade que tem como principal fator de risco o esforço repetitivo.

Causas

As causas do cotovelo de tenista são multifatoriais, mas dentre as principais, destacamos:

  • Movimentos repetitivos de extensão do punho e supinação do antebraço;
  • Sobrecarga nos tendões extensores durante atividades manuais intensas;
  • Aumento súbito na frequência ou intensidade de atividades que exigem o uso do antebraço;
  • Fatores ocupacionais, como trabalho prolongado com computador e mouse, profissões específicas como dentistas e pintores, dentre outros;
  • Técnicas esportivas inadequadas;
  • Desequilíbrios musculares no membro superior;
  • Alterações posturais que afetam o cotovelo;
  • Histórico prévio de lesões no cotovelo.

Como reconhecer os sintomas?

A epicondilite lateral apresenta um conjunto característico de sintomas que podem variar em intensidade. Vou detalhar os principais sintomas:

  • Dor localizada no epicôndilo lateral (parte externa do cotovelo);
  • Dor que se irradia pelo antebraço até o punho;
  • Diminuição da força de preensão (aperto);
  • Dificuldade para segurar objetos;
  • Fraqueza ao realizar tarefas simples como levantar uma garrafa;
  • Rigidez matinal no cotovelo.

É importante observar que os sintomas geralmente se desenvolvem gradualmente, pioram com o uso repetitivo e melhoram com repouso.

Como o ortopedista especialista em ombro e cotovelo faz o diagnóstico?

Para diagnosticar a epicondilite lateral o ortopedista especialista em Ombro e Cotovelo primeiramente faz a anamnese e alguns exames físicos, como a palpação do epicôndilo lateral, extensão do punho, dentre outros.

Outro método que pode contribuir com o diagnóstico são os exames de imagens, como radiografia, ultrassonografia e ressonância magnética

Como tratar?

Inicialmente, o ortopedista especialista pode indicar tratamentos conservadores para que haja o controle da dor.

Dentre as terapêuticas não cirúrgicas estão: repouso, ingestão de anti-inflamatórios, fisioterapia, acupuntura, uso de órtese, infiltrações de corticoides, dentre outras.

O médico pode recomendar um procedimento cirúrgico quando a dor é permanente e não responde aos tratamentos convencionais após alguns meses.

Atualmente, a cirurgia é feita meio da artroscopia, um procedimento minimamente invasivo, trazendo muito mais conforto ao paciente.

É possível prevenir a epicondilite[?

Confira abaixo algumas medidas que você pode adotar para prevenir a epicondilite lateral:

  • Se você pratica alguns dos esportes citados neste artigo, como o tênis, tente fazer os movimentos de forma apropriada;
  • Antes de iniciar o treinamento ou mesmo as atividades laborativas, alongue os membros superiores;
  • Durante o expediente, mantenha a postura correta para não sobrecarregar a articulação do cotovelo e dos músculos do braço;
  • Evite atividades repetitivas e esforços estáticos com os membros superiores.

Agora, caso sinta dores constantes no cotovelo, consulte um ortopedista especialista em ombro e cotovelo para avaliar com mais cuidado a sua condição.

Conclusão

A epicondilite lateral é uma condição que, embora comum, pode impactar significativamente a qualidade de vida das pessoas afetadas.

Como vimos ao longo deste artigo, seus sintomas podem variar desde um leve desconforto até dores incapacitantes que interferem nas atividades diárias mais simples.

É fundamental ressaltar que o sucesso do tratamento está diretamente relacionado ao diagnóstico precoce e à identificação precisa dos fatores causais.

A abordagem terapêutica proposta pelo médico ortopedista deve ser individualizada, considerando não apenas os aspectos clínicos, mas também o contexto ocupacional e as necessidades específicas de cada paciente.

Se você foi diagnosticado com “cotovelo de tenista” e está em busca de um tratamento inovador em Goiânia, entre em contato conosco e agende a sua consulta.

Tenha em mente que um diagnóstico precoce garante um tratamento mais assertivo e ótimos prognósticos!


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Dr. Thiago Caixeta

Dr. Thiago Barbosa Caixeta é médico Ortopedista subespecialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo. Possui experiência em cirurgia do ombro e no tratamento de problemas como bursite, tendinite, artrose, doenças musculoesqueléticas, dentre outras.